O câncer de próstata tem
alta prevalência, sendo o tumor sólido mais prevalente. Possui incidência
crescente pelo envelhecimento da população e pelo aumento do diagnóstico. É o
segundo tumor mais letal, mas é curável em fase inicial.
Tem relação com a história
familiar e com a raça, sendo mais frequente em negros, depois em brancos e
menos frequente em orientais. Em 90 % dos casos atinge a zona periférica da
próstata e tem comportamento biológico de um adenocarcinoma.
Pode se apresentar de 4 formas:
- Localizada: geralmente assintomática, podendo
ocasionar sintomas miccionais irritativos ocasionais, tendo uma alta
possibilidade de cura.
- Localmente avançada: pode desencadear sintomas
irritativos e obstrutivos, hemospermia, hematúria e obstrução ureteral.
- Metastática: pode ocasionar dor óssea,
compressão medular, fraturas, astenia e emagrecimento.
Os exames preventivos incluem
a dosagem do PSA e o toque retal, devendo ser realizados aos 45 anos em casos
em que há história familiar e aos 50 anos quando não apresentam. O PSA é uma
glicoproteína produzida na próstata, sendo um marcador especifico do parênquima
prostático, que pode estar alterado no câncer de próstata, na hiperplasia
prostática benigna, em casos de prostatite e manipulação prostática. Seu valor normal é até 4 ng/ml. Pode-se também
avaliar a densidade do PSA, a velocidade de elevação anual e a porcentagem
livre sobre a total.
Sempre que o PSA e/ou o
toque retal estiverem alterados deve-se realizar a biopsia prostática guiada
por USG transretal. No exame histopatológico, é usado para a diferenciação a
escala de Gleason. Para o estadiamento também podem ser utilizados a
ressonância, que avalia o estadiamento local, a tomografia e a cintilografia.
O tratamento depende do
estadiamento e das condições clinicas do paciente, podendo ser a radioterapia,
a prostatectomia radical, hormonioterapia e conduta expectante.
Andressa Iwanusk
Acadêmica de Medicina (4° ano)