A condição de
hipovolemia, leva a um estado de hipoperfusão tecidual e consequente distribuição
inadequada de substâncias às células entre elas o oxigênio. O oxigênio se faz
indispensável para o metabolismo energético mitocondrial, o principal produto
da glicólise que entrará na via oxidativa é o lactato. E na ausência de
oxigênio esse substrato se acumula, gerando uma acidose metabólica que prejudica
ainda mais a perfusão tecidual por afetar a contratibilidade cardíaca através
da alteração do PH das células do miocárdio.
A intenção de
repor bicarbonato seria o tamponamento desse ácido, porém as vantagens dessa
prática são extremamente questionáveis e autores não estão em concesso sobre a
indicação ou não do bicarbonato, e do limite de PH (alguns falam em 7,1 outros
em 7,0) para o qual esse seria vantajoso.
As
complicações da administração do bicarbonato são : alcalose metabólica
pós-recuperação (o lactato em excesso é convertido em bicarbonato),
hipernatremia e excesso de fluido. O impacto da administração de bicarbonato é
transitório e se dá através da formação de CO2 (que é eliminado pelos pulmões)
e consequente diminuição de hidrogênio, porém pacientes com acometimento grave
da circulação não conseguem transportar esse gás até os pulmões e ele acumula
no sistema venoso, o acúmulo do CO2 tem sido relacionado com o aumento da
acidose intracelular prejudicando dessa forma a utilização hepática do lactato
e a contratibilidade cardíaca.
Carolini Cristina Valle
Acadêmica de Medicina (4°ano)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Concorde, discorde ou apenas contribua com suas suas palavras! :D